A matéria prima empregada na manufatura dos fios de cobre para fins elétricos é o cobre eletrolítico na forma de vergalhão de 8 mm, cujo teor de cobre, de acordo com as especificações vigentes (ABNT-NBR), não deve ser inferior a 99,9%.

O vergalhão de cobre é submetido ao processo de trefilação que compreende diversas etapas, nas quais o fio, em sucessivas passagens, é puxado através de fieiras adequadas, dispostas em sequências apropriadas, ate alcançar o diâmetro final desejado.

Devido às operações de trefilação, o fio de cobre adquire uma têmpera dura, de modo que, quando se deseja um fio com têmpera meio dura ou mole, é preciso submete-lo à operação de recozimento, que conciste no aquecimento do fio a uma temperatura adequada, em forno com atmosfera isenta de oxigenio. Os cabos com têmpera dura e meio dura, são normalmente utilizados em instalações de redes aéreas, onde se necessita alta resistencia à tração.

Para proporcionar maior flexibilidade a um condutor e com isso facilitar a instalação, recorre-se ao cabo, que consiste de um certo número de fios encordoados.

Os cabos de cobre empregados em linhas de transmissão ou de distribuição de energia elétrica e em outras instalações comuns (sistemas de aterramento contra descargas atmosféricas), são normalmente cabos de encordoamento simples ou concêntrico, formados de uma ou mais coroas de fios do mesmo diâmetro, dispostos em hélice em torno de um fio central. As formações mais comuns dos cabos de cobre nu são as de 7, 19 e 37 fios.

As principais características mecânicas e elétricas dos cabos de cobre nu são:

Resistência à tração, resistividade e condutibilidade elétrica. Os valores destas características dependem da têmpera, da pureza da materia prima e da temperatura ambiente (resistividade e condutibilidade)

Em geral podemos utilizar os seguintes valores conforme NBR. 5111:

(*) Diâmetro nominal do fio entre 1 a 8 mm.